Por Danilo Lacalle
O fato aconteceu em 2011, porém, só esta semana foi revelado à imprensa estadunidense. A comissária da companhia Alaska Airlines, Shelia Fedrick, 49 anos, divulgou uma história que foi confirmada pela empresa. Durante um voo doméstico que ia de Seattle para San Francisco, a aeromoça percebeu um olhar assustado de uma adolescente a qual suas vestimentas destoavam muito de seu acompanhante, mais bem vestido.
A desconfiança aumentou durante as tentativas de Fedrick ao tentar conversar com a passageira. No entanto, ao invés da garota responder, o homem sempre respondia por ela, não deixando a jovem falar. “Parecia que ela tinha vivido um inferno”, revelou a aeromoça à rede americana NBC.
Até que a comissária, discretamente, sussurrou à adolescente para que fosse ao banheiro. A funcionara deixara um bilhete dentro do recinto perguntando se tudo corria bem, que foi respondido com a frase “Preciso de ajuda”.
Prontamente, a atendente entendeu a mensagem e avisou ao piloto, que logo informou a polícia. Assim, no momento do pouso, policiais já aguardavam a jovem e o suspeito.
A menina era vítima de tráfico de pessoas, crime em que, na sua maioria, as afetadas são mulheres. O criminoso foi preso e a garota está a salvo e até hoje mantém contato com Shelia Fedrick.
O que fazer em caso de suspeita?
Caso você esteja em alguma viagem e suspeite de que alguém esteja passando pela mesma situação, a orientação da Airline Ambassadors, organização filiada da ONU que tem como função dar o suporte necessário a crianças e jovens órfãos e vulneráveis, é tentar discrição e informar os comissários de bordo. Tentar resgatar ou demonstrar preocupação pode colocar você e a vítima em risco.
*Imagem/Reprodução