Por: Danilo Lacalle
Visando aumentar o fluxo de turistas estrangeiros no Brasil, o Ministério da Cultura está estudando um pacote de medidas que deverá ser entregue nos próximos 60 dias e entregue à equipe econômica do Governo Federal até janeiro de 2017. Dentre as principais medidas do novo plano, estão o reembolso de impostos pagos pelos turistas durante a estadia (Tax Free), permissão de companhias aéreas estrangeiras para investirem no mercado brasileiro, concessão de parques nacionais ao capital privado e a liberação de cassinos dentro de hotéis e resorts.
O Governo ainda pretende extinguir a necessidade de visto para pessoas que venham dos Estados Unidos, Austrália, China, Canadá e Japão. Tais ações visam continuar atraindo turistas de mundo todo após a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Segundo a Organização Mundial de Turismo, o número de estrangeiros que visitaram o Brasil no último ano foi de 6,3 milhões. Bem abaixo de países como França (84,5 milhões), Estados Unidos (77,5 milhões), Espanha (68,2 milhões), China (56,9 milhões) e México (32,2 milhões).
Isenção de visto
A medida que pode passar a valer não implica em uma reciprocidade aos outros países, para que brasileiros possam entrar sem visto nos países. Porém, a questão será tratada com o Ministério das Relações Exteriores. No Brasil, a intenção é gerar um fluxo maior de turistas, melhorando a economia e gerando mais empregos, segundo o Ministro do Turismo, Marx Beltrão.
Cassinos
Outra ação do pacote, segundo Beltrão, é a permissão de que resorts tenham cassinos integrados. “Não falo de jogo de bicho ou de caça-níquel. A liberação de cassinos com resorts integrados é uma uma prática que acontece na grande maioria dos países”, afirma o Ministro.
“80% dos países que participam da Organização Mundial de Turismo já permitem cassinos em hotéis e resorts. Os que não ainda não liberaram, possuem motivações islâmicas.”
O Governo Temer, desde que assumiu a gestão, vem discutindo a legalização de cassinos e caça-níqueis, que são proibidos no Brasil desde 1946. A intenção é diminuir a emergente crise fiscal no país, aumentando as receitas da União.